segunda-feira, 21 de agosto de 2023

TRABALHADOR DE VERDADE NÃO FAZ REVOLUÇÃO

O lema "Trabalhadores do mundo, uni-vos!", associado ao comunismo, reflete a expectativa de unir a classe trabalhadora em uma revolução. No entanto, atualmente parece não haver apelo para esse tipo de discurso no Brasil ou no mundo. A classe trabalhadora hoje em dia não parece se importar com ideologias extremistas, mas sim com oportunidades concretas de progresso econômico e social.

Isso ficou evidente durante os governos petistas no Brasil, especialmente sob Dilma Rousseff. Apesar da retórica pró-trabalhador, na prática o governo Dilma provocou a pior recessão da história do país. O PIB encolheu 3,6% em 2015 e 2016, a maior queda desde 1901. Foi o terceiro pior desempenho econômico entre os 30 mandatos presidenciais desde a Proclamação da República.

Ao se analisar as causas desse fracasso, fica claro que as políticas econômicas equivocadas do governo Dilma foram determinantes. Ela adotou medidas populistas e intervencionistas que acabaram minando a confiança de empresários e investidores. Além disso, houve grande irresponsabilidade fiscal, com gastos excessivos e pedaladas contábeis para mascarar o real estado das contas públicas.

Tudo isso resultou em inflação alta, juros elevados, aumento do desemprego e forte recessão. Ou seja, exatamente o oposto do que a classe trabalhadora precisava e esperava. Em vez de mais oportunidades e justiça social, o que se viu foi empobrecimento, desemprego e perda de direitos.

Esse fracasso econômico explica em grande parte por que as ideologias revolucionárias de esquerda perderam appeal para os trabalhadores brasileiros. Ao ver na prática os efeitos desastrosos do intervencionismo estatal dos governos do PT, a população se desiludiu com o discurso da luta de classes e da revolução pró-trabalhadores.

Na realidade, o que se percebeu é que os interesses concretos dos trabalhadores não eram prioridade. Havia muita retórica, mas na prática a gestão econômica era ruim e as políticas sociais insuficientes para de fato melhorar a vida da população.

Em vez de uma revolução, o que o povo queria e precisava era de uma economia bem administrada, com inflação controlada, juros baixos, crédito abundante e oportunidades de emprego e renda. Era isso que permitiria melhor distribuição de renda e mobilidade social.

Mas o intervencionismo e a irresponsabilidade fiscal dos governos petistas frustraram essas expectativas. Sem crescimento econômico e geração de empregos, aumentaram a pobreza e a desigualdade no país. Esse fracasso minou a confiança não só na esquerda, mas em qualquer projeto revolucionário.

A lição que ficou para a classe trabalhadora foi que promessas ideológicas não bastam. É preciso políticas públicas competentes e responsáveis para de fato melhorar de vida da população. O apelo à luta de classes e à revolução socialista perdeu força diante dos fatos concretos.

Portanto, atualmente o sentimento majoritário entre os trabalhadores não é de revolta ideológica, mas de busca por melhores condições materiais de vida. O que importa não é discurso político, mas sim educação de qualidade, empregos, salários dignos, crédito, saúde e um futuro melhor para os filhos.

A lição para a esquerda, se quiser reconquistar a confiança da classe trabalhadora, é abandontar o intervencionismo estatal, respeitar a responsabilidade fiscal e entender que o crescimento econômico é pré-requisito para distribuir renda e reduzir desigualdades. Caso contrário, a decepção com os ideais revolucionários tende a aumentar.

Em resumo, a recessão e o desemprego nos governos do PT minaram o apelo das ideologias revolucionárias entre os trabalhadores brasileiros. Eles querem melhores condições de vida dentro da ordem democrática e econômica vigente, não arriscar convulsões sociais em nome de ideais socialistas fracassados. Cabe à esquerda se modernizar e se aproximar dos reais anseios da população se quiser reconquistar sua confiança. Do contrário, o discurso da revolução permanecerá descolado da realidade e sem apelo político na atual conjuntura.

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